Jardim pink

Acho que já falei pra vocês que sou viciada em livros. Não? Então, eu sou. Principalmente se for daqueles bonitões, grandes, de capa dura, com fotos muito bonitas. Mas também gosto de ler, viu?

Aqui no Brasil é difícil encontrar livros sobre paisagismo e jardinagem que não tratem somente do be-a-bá. Acho que somos carentes desse tipo de publicação. Sempre visito a seção de Arquitetura e Design e de Botânica das livrarias. Lá normalmente tem uma parte para paisagismo. Mas sempre encontro poucos títulos e em português então, são mais raros aindas.

Por isso, quando tenho oportunidade de viajar pra fora, livrarias estão sempre no meu roteiro. Passo horas folheando e a indecisão do que levar me aflige. E sempre volto com uns quilos a mais de papel na bagagem.

Um desses livros comprados em uma dessas viagens é o The Ultimate Book of Small Gardens do autor Graham Rice. Lá ele fala de vários conceitos e do que se deve prestar atenção na construção de pequenos jardins. Tudo bem que normalmente o conceito de "pequeno" nesses livros é muito grande pra mim.

Bom, mas eu queria falar de um jardim que tem nesse livro, na abertura de um capítulo e que me encanta. Sempre volto nessa foto para admirá-la e resolvi mostrar para vocês. Lá nos créditos diz apenas que é um dos jardins expostos na Chelsea Flower Show de 2001. Não tem o nome do paisagista. Eu o chamo de jardim pink, apesar de não ser todo rosa.

Aí fiquei pensando no que me fazia gostar tanto desse jardim. E acho que tudo, a composição do todo.
Desde a coexistência da assimetria dos canteiros com a simetria dos quadrados do piso até o contraste das cores frias, verde da vegetação e azul da cerca com a cor quente das flores e da mesa.
Apesar de não ter vegetação alta e os móveis serem de linhas modernas, me passa uma sensação de aconchego, de acolhimento.

E você? Gostou desse jardim? Me conta que eu quero saber.